O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco, foi autorizado pela Resolução 1552/2000 de 05/05/2000, embora as suas atividades tenham iniciado no dia 03 de março de 1999.
O Colégio oferece Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio.
Localiza-se no Reassentamento São Francisco de Assis, BR 369, Km 511, no Município de Cascavel, PR.
O prédio escolar foi construído pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica - COPEL e doado às Associações vinculadas à ADERABI (Associação de Desenvolvimento dos Reassentados Atingidos por Barragens do Rio Iguaçu), aqui especificamente a Barragem de Salto Caxias, e as mesmas fizeram a doação do prédio para a FUNDEPAR, bem como os recursos materiais e equipamentos.
O Colégio do Reassentamento São Francisco possui 10 (dez) salas de aula, sendo que 1 (uma) é adaptadas para a Pré-Escola, visto que a estrutura física atende também a alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental (séries iniciais), tendo como Mantenedora a Prefeitura Municipal de Cascavel, possui ainda 2 (dois) laboratório, Física, Química e Biologia, 1 (um) laboratório de informática, auditório, biblioteca, sala de Educação Física, sala dos professores, secretaria, sala da direção, sala da orientação, refeitório, cozinha, banheiros, depósito, quadra coberta, horta orgânica e pomar.
O nome escolhido para a comunidade de Reassentamento São Francisco foi uma homenagem ao Frei São Francisco de Assis, por serem a maioria dos moradores da religião Católica apostólica Romana, e sendo essa comunidade localizado na zona rural.
A comunidade optou pelo nome de Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco, em homenagem a sua localização.
A entidade mantenedora é a SEED – Secretaria de Estado da Educação, e teve parceria com a COPEL, durante os três primeiros anos de funcionamento (1999 a 2001).
A Unidade Educacional rege-se pelas normas da SEED, sendo administrada pelo gestor da unidade escolar, pelo Conselho Escolar e pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF.
A Construção de uma escola como esta, no campo, não aconteceu por acaso. Foi resultado de uma grande luta desta comunidade que, quando atingidos pela construção da Barragem de Salto Caxias (Rio Iguaçu), tiveram que sair das propriedades e reorganizar sua vida para atender as determinações do Governo do Estado do Paraná, de cessão dos territórios para a instalação da Usina Hidrelétrica de Salto Caxias. Essa determinação resultou na organização das pessoas que ali residiam, que se uniram se fortaleceram e conseguiram muitas conquistas, entre elas uma escola que viesse atender as necessidades das famílias reassentadas.
As famílias atingidas por barragens de hidrelétricas, na maioria das vezes, não recebem atenção adequada no que diz respeito às alterações provocadas pelo processo de desapropriação de suas terras. Ao saírem de suas propriedades deixam para trás parte de sua história, desfazem vínculos de amizade e perdem partes de sua identidade histórico cultural. Numa tentativa de amenizar este impacto foram criadas associações e passaram a atuar no sentido de contribuir para a organização dessas famílias, sendo o processo educacional uma das maiores preocupações.
Como resultado das discussões desencadeadas junto à comunidade atingida por barragens surge, então, uma proposta de educação diferenciada que seja capaz de estimular os vínculos de cooperação, solidariedade e união com o objetivo de instrumentalizar o aluno e a aluna com o domínio do conhecimento científico de forma que se possa possibilitar a formação de um (a) cidadão (ã) apto (a) para atuar com autonomia, de forma consciente e coletiva; bem como de garantir-lhes uma preparação universal e específica que lhes dê condições para a continuidade dos estudos na rede pública, ou ainda desenvolvendo projetos educacionais alternativos, cursos profissionalizantes ou cursando o ensino superior.
Nos primeiros anos de funcionamento da escola observou-se que este público, em sua maioria estava fora da relação idade/série tida como sendo a ideal, isso ocorreu principalmente pela dificuldade que tinham de acesso e permanência na escola. O processo de reassentamento destas famílias foi de aproximadamente 10 (dez) anos de luta, o que fez com que trocassem de escola várias vezes e alguns anos nem chegavam a concluir.
Somente no ano de 1999, quando aconteceu a transferência definitiva das famílias para o reassentamento, os alunos começaram a freqüentar regularmente a escola, percebeu-se então um grande avanço na aprendizagem.
O Colégio Estadual do Reassentamento São Francisco destina-se a uma parcela da população que historicamente têm sido excluída do acesso aos avanços científicos e tecnológicos, a população rural aqui especificamente filhos de pequenos agricultores que desde cedo contribuem no trabalho familiar, seja na roça, no trato com os animais ou nas atividades domésticas.
Cientes de que os movimentos sociais fazem parte da história de vida deste grupo, tenham consciência disso ou não, torna-se necessário resgatá-los, trabalhando o conhecimento na perspectiva da construção coletiva de homens e mulheres inseridos(as) num determinado período e em condições históricas específicas.
No início de suas atividades o Colégio atendia nos períodos matutino e noturno devido a necessidade de atender os alunos que estavam fora da idade/série, depois desta regularização, a partir do ano de 2006 passou-se a atender nos períodos matutino e vespertino.
Hoje o colégio atende a 237 alunos matriculados, assim distribuídos.
| Turma/Nº alunos | ||||||||
Turno | 5ª | 6ª | 7ª | 8ª | 1ª | 2ª | 3ª | Viva Escola | S R |
Manhã | 17 | - | 27 | 19 | 35 | 18 | 20 | - | 10 |
Tarde | 22 | 24 | - | 15 | - | - | - | 30 | - |
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